Cantinho da Leitura na Sala de Aula
Projeto Didático desenvolvido com os alunos do 3º ano "D", da EMEF. "Governador Mário Covas" - Campo Limpo Paulista, em 2013.
Os alunos participam diariamente da organização dos materiais |
Os textos dos alunos também fazem parte do Cantinho. Assim, todos podem compartilhar suas produções. |
Em dupla ou individualmente, os alunos escolhem o que querem ler. |
A variedade de títulos também é importante! |
Os alunos podem ler em rodas ou individualmente. Depois, socializam com os colegas os livros que mais gostaram. |
O que nos diz os especialistas...
Com tanto estímulo audiovisual,
as crianças de hoje não ligam muito para os livros, preferindo os mini-games,
vídeo games e computadores.
A escola tem o papel de desenvolver nos alunos o gosto pela leitura, mantendo uma biblioteca interativa, a fim de chamar a atenção dos estudantes, de proporcionar momentos agradáveis, de contação de histórias, de oficina de teatro, estimulando a criatividade dos mesmos, assim como as descobertas que o mundo literário pode trazer.
Na maioria das escolas, a biblioteca é só mais um espaço de visitas semanais, onde os alunos escolhem um livro e sentam-se individualizados, fazendo a leitura silenciosa do livro escolhido e sendo reforçados quanto à questão do silêncio que se deve manter no local.
A escola tem o papel de desenvolver nos alunos o gosto pela leitura, mantendo uma biblioteca interativa, a fim de chamar a atenção dos estudantes, de proporcionar momentos agradáveis, de contação de histórias, de oficina de teatro, estimulando a criatividade dos mesmos, assim como as descobertas que o mundo literário pode trazer.
Na maioria das escolas, a biblioteca é só mais um espaço de visitas semanais, onde os alunos escolhem um livro e sentam-se individualizados, fazendo a leitura silenciosa do livro escolhido e sendo reforçados quanto à questão do silêncio que se deve manter no local.
Mas será que dessa forma a leitura pode se tornar um elemento agradável e que complementa as aprendizagens do aluno? Ou será apenas mais uma forma rígida de obrigar os alunos a escolherem um livro, que muitas vezes não tem significado para sua vida?
Dentro dessa visão, é preciso repensar a estrutura da biblioteca escolar, a fim de torná-la um espaço de troca de experiências, de novas formas de lidar com a leitura, de circulação do conhecimento - já que nela está um tão rico acervo bibliográfico.
Para isso, a equipe de
professores deverá se reunir com coordenação e direção da escola, a fim de
traçar as novas direções para a biblioteca, quais os objetivos que pretendem
atingir através desse espaço, sempre voltados para o objetivo principal: fazer
com que os alunos criem o hábito de leitura.
Antes de iniciarem as
alterações no espaço, passeie com os alunos pelo mesmo questionando-os sobre o
que poderia mudar no local, como gostariam que fosse aquele lugar, pois dessa
forma perceberão que a biblioteca ganhará novo perfil, atribuindo-lhe um novo
conceito, que deverá ser trabalhado em discussões na sala de aula.
Pensar no perfil que se dará à
biblioteca também é fundamental: a divisão dos ambientes, um espaço para contação
de histórias, um mural (varal) para trabalhos baseados em livros, muitos
fantoches, um baú de faz de conta – com fantasias, acessórios, pedaços grandes
de tecidos, utensílios de cozinha, maquiagem – e um pequeno palco para
apresentações, que juntos darão movimento à biblioteca, assim como tem
movimento os jogos eletrônicos e o computador.
Uma aparelhagem de áudio e
vídeo também servirá para enriquecer os trabalhos desenvolvidos no espaço,
motivando os alunos a fazerem pequenas apresentações.
A liberdade do uso do local
deve ser trabalhada em sala de aula, a fim de amenizar a ansiedade e mostrar
aos alunos a importância de serem responsáveis quanto à ordem e à conservação
dos novos materiais, além dos livros.
Nas primeiras visitas os
professores devem propor um roteiro, dividindo a turma em pequenos grupos, de
acordo com os espaços criados na biblioteca. Porém, nas visitas subsequentes,
devem deixar a atividade seguir livremente, a fim de estimular a criatividade
dos alunos.
Durante as visitas à nova biblioteca,
o professor terá o papel de dividir as tarefas com a bibliotecária, orientando
os alunos nas atividades, dividindo de forma justa os materiais, solicitando a
organização dos mesmos antes de bater o sinal para o término da aula, etc. Mas
o fundamental será fazer anotações, relatórios de como as crianças e os
adolescentes estão utilizando o local, até mesmo registrando suas falas, para
serem discutidas depois com a equipe da escola.
Com isso, os profissionais
encontram meios para qualificar o trabalho, assim como mudam os conceitos dos
alunos (pré-estabelecidos) de um momento na biblioteca da escola. Com certeza,
o prazer pelo ambiente favorecerá o gosto pela leitura e também pelas diversas
atividades que podem ser realizadas no local.
E a biblioteca deixa de ser
aquele espaço poeirento, fechado, chato, onde não se pode conversar, ganhando
movimento e vida.
Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia
Equipe Brasil Escola
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