sábado, 11 de janeiro de 2014

Sequência de Atividades a partir de Intertextualidade

As artimanhas de Pedro Malasartes


Área do conhecimento: PORTUGUÊS

Público alvo: apartir do 3º ano do E.F.

Objetivos gerais:
  • Ler e interpretar textos de diferentes gêneros textuais, a partir do mesmo tema.
  • Produzir e revisar textos orais e escritos, seus e de seus pares, adequando-se à proposta.
  • Refletir sobre a conduta do personagem, explorando valores sociais e éticos, além de expor sua opinião sobre o tema.




texto 1


Gênero textual: CONTO DE ARTIMANHA

SOPA DE PEDRAS



(ADAPTADA DE DIFERENTES VERSÕES DO CONTO POPULAR)



UM DIA, PEDRO MALASARTES VINHA PELA ESTRADA COM FOME E CHEGOU A UMA CASA ONDE MORAVA UMA VELHA MUITO PÃO-DURA.

– ESTOU COM FOME. SERÁ QUE A SENHORA PODIA ME AJUDAR?

– NÃO TEM NADA DE COMER NESTA CASA – FOI LOGO DIZENDO A VELHA.

– NÃO, A SENHORA ENTENDEU MAL. EU NÃO PRECISO DE COMIDA, NÃO. SÓ QUERIA ERA UMA PANELA EMPRESTADA E UM POUCO D’ÁGUA. SE A SENHORA ME DEIXAR USAR SEU FOGÃO, EU JÁ ESTOU SATISFEITO. EU FAÇO UMA SOPA DE PEDRA MARAVILHOSA E NUNCA PRECISO DE MAIS NADA, JÁ FICO DE BARRIGA CHEIA.

– SOPA DE PEDRA?

– É ... – DISSE ELE, SE ABAIXANDO PARA PEGAR UMA PEDRA NO CHÃO. – COM ESTA PEDRA AQUI EU FAÇO A SOPA MAIS DELICIOSA DO MUNDO.

E MALASARTES ENTÃO TRATOU DE LAVAR BEM A PEDRA. EM SEGUIDA, ENCHEU A PANELA COM ÁGUA, PÔS A PEDRA DENTRO E BOTOU TUDO NO FOGO. QUANDO A ÁGUA COMEÇOU A FERVER, ELE PROVOU E DISSE:

– É ... ATÉ QUE NÃO ESTÁ RUIM... SÓ NÃO VAI FICAR BOA MESMO, DE VERDADE, PORQUE NÃO TEM SAL.

– NÃO SEJA POR ISSO – DISSE A VELHA. – EU TENHO E LHE DOU UMA PITADA.

– ÓTIMO. COM UM POUQUINHO DE CEBOLA E SALSINHA, FICA MELHOR AINDA.

– NÃO SEJA POR ISSO – DISSE ELA. – EU LHE ARRUMO.

LOGO QUE PEDRO JOGOU OS INGREDIENTES NA PANELA E DEU UMA MEXIDA, ELE TORNOU A PROVAR E FEZ UMA CARA DE QUEM ESTAVA EM DÚVIDA.

– PARECE QUE FALTA ALGUMA COISA NESTE CALDO. TALVEZ UM PEDACINHO DE CARNE ...

– NÃO SEJA POR ISSO – RESPONDEU ELA. FOI LÁ DENTRO E VOLTOU COM UM PEDAÇO DE CARNE.

– ESTÁ COMEÇANDO A FICAR CHEIROSA, NÃO ACHA?

– É MESMO – CONCORDOU A VELHA.

– MAS FICARIA AINDA MELHOR COM UM PEDAÇO DE ABÓBORA, UMAS BATATINHAS E UMAS FOLHAS DE REPOLHO.

– NÃO SEJA POR ISSO. VOU ALI NA HORTA BUSCAR.

E O FOGO IA ESQUENTANDO. E A ÁGUA IA FERVENDO. E A SOPA IA BORBULHANDO.

DE VEZ EM QUANDO, MALASARTES PROVAVA. E SUSPIRAVA:

– HUM! ESTÁ FICANDO GOSTOSA...

– ESTÁ MESMO UM CHEIRO DELICIOSO – CONCORDAVA A VELHA.

A VELHA TROUXE DOIS PRATOS FUNDOS, E ELE SERVIU. ELA FICOU OLHANDO, PARA VER O QUE ELE FAZIA COM A PEDRA, MAS PEDRO DEIXOU A PEDRA NA PANELA.

– E A PEDRA? – PERGUNTOU.

– A GENTE JOGA FORA.

– JOGA FORA?

– É... OU ENTÃO LAVA BEM E GUARDA PARA FAZER OUTRA SOPA NO DIA EM QUE FOR PRECISO ENGANAR OUTRO BOBO.



texto 2

Gênero textual: CONTO DE ARTIMANHA






texto 3
Gênero textual: RECEITA






texto 4
Gênero textual: LISTA




texto 5

Gênero textual: História em Quadrinhos



texto 6

Gênero textual: CONTO DE ARTIMANHA

O doutor Saracura


Anda que anda, Pedro Malasarte chegou a uma cidade onde o maior edifício era o hospital. Havia para mais de duzentos enfermos ali internados, cada um deles padecendo dos mais variados males. Pedro Malasarte matutou um pouco e foi procurar o diretor do hospital.

--Não há mais lugar - foi-lhe dizendo este ao vê-lo entrar, com medo que fosse mais um doente. Realmente, velho e cansado, o doutor Pulsação já não conseguia dar conta de tantos enfermos. E estava ficando difícil arranjar comida e roupa lavada para toda aquela gente. É que mais da metade eram de espertalhões que se fingiam de doentes para comer e beber de graça.

-- Meu bom colega - disse Pedro Malasarte. - Imagine que soube das suas dificuldades e viajei de muito longe para ajudá-lo. Meu nome é doutor Saracura e já acabei com muitas epidemias. Pela módica importância de duzentas moedas prometo esvaziar seu hospital amanhã ao meio-dia.

O velho diretor ficou exultante. Estava mais do que barato. O grande médico estrangeiro ia pôr toda aquela gente na rua, curada!

Havia muitos doentes de verdade, aleijados, paralíticos, loucos... Mas Pedro Malasarte deu um jeito de se aproximar de um por um, sempre com a pose de um grande doutor, e, fingindo examiná-los, dizia-lhes no ouvido:

-- Homem, quem não estiver em condições de sair correndo pela porta da rua amanhã ao meiodia, será torrado para se preparar um xarope para os outros.

Mesmo os que estavam em pior estado - e até os loucos - compreenderam muito bem suas palavras e arregalaram os olhos. E todos trataram de preparar suas trouxas para escapulir dali logo que pudessem.

No dia seguinte, Pedro Malasarte mandou abrir de par em par os portões do hospital. Então subiu até a enfermaria, junto com o doutor Pulsação, e bradou:

--Quem se sentir curado pode sair correndo pelo portão! Não ficou um só doente na cama. Todos, sem exceção, dos que tinham bronquite a dor de cabeça, pularam do leito e, com a trouxa nas costas, trataram de dar o fora com quantas pernas tinham. E os que não tinham pernas ou eram paralíticos arranjaram quem os carregasse.

O doutor Pulsação ficou boquiaberto com aquele milagre. Em poucos minutos o hospital ficou deserto. O único doente que permaneceu deitado foi um que morrera de noite e por isso mesmo não podia se levantar.

Pagou ao extraordinário médico estrangeiro as duzentas moedas pedidas, ao que este se despediu:

--Tenho muito que fazer em outras terras. Passou-se uma semana na mais perfeita paz. O doutor Pulsação nunca tivera tanto sossego. Então, meio ressabiados, começaram a voltar os doentes. Mas só os doentes de verdade, que não se agüentavam de pé. Os outros, os aproveitadores, resolveram ficar longe do hospital onde se torrava gente para fazer remédio...

Sérgio A. Teixeira. As aventuras de Pedro Malasarte. Rio de Janeiro: Tecnoprint. 


Entendimento do texto

1. O que chamou a atenção de Pedro Malasarte ao chegar à cidade?

2. Por que o doutor Pulsação não conseguia cuidar de todos os enfermos do hospital?

3. O que levava algumas pessoas a fingir que estavam doentes?

4. Que mentira Pedro Malasarte contou ao doutor Pulsação logo que o encontrou?

5. Qual foi a reação do doutor Pulsação diante da promessa de Pedro Malasarte?

6. Que plano Pedro Malasarte bolou para tentar cumprir sua promessa?

7. Depois da “conversinha” com Pedro Malasarte, o que resolveram os doentes?

8. O que deixou o doutor Pulsação boquiaberto?

9. O que fez Pedro Malasarte depois que o hospital se esvaziou?

10. O hospital permaneceu vazio daí em diante?

11. Para você, essa história é real ou fictícia?



FONTE: CEMEP- generos textuais na sala de aula -conto de aventura
Focalizadora Professora Vera Lúcia Ravagnani -vl.ravagnani @ uol.com.br 



texto 7

Gênero textual: Expositivo Argumentativo







Um comentário:

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